Paulo Bento disse que o Sporting perdeu por mérito do adversário, mas também por demérito próprio. O treinador leonino reconheceu que nada há a obstar à "justiça da vitória do F. C. Porto" e sublinhou que a equipa sportinguista não teve estaleca "mental" para, após empatar o jogo, passar para a frente no marcador.
Numa análise cronológica ao fio da partida, disse: "Na primeira parte, não estivémos bem. Complicámos muito. O F. C. Porto colocou-se em vantagem, empatámos, mas proporcionámos novo golo. Foram dois momentos, dois pormenores, decisivos no encontro. Perdemos muitas vezes a bola em zonas perigosas. Devíamos ter sido mais perigosos. Na segunda parte estivémos melhor. A equipa foi mais pressionante, embora exposta a um terceiro golo portista".
Embora qualificando o jogo como dividido, admitiu a superioridade azul e branca em pontos determinantes. "Nos 90 minutos, o F. C. Porto não teve mais oportunidades do que nós. Nem maior domínio. Só que, mentalmente, não gerimos bem. Não se pode oferecer nada ao adversário, como foi o caso. Ainda por cima, o F. C. Porto tem a qualidade que se conhece, foi gerindo e teve ocasiões para marcar o terceiro golo. Não se pode pôr em causa a justiça da vitória portista", assinalou.
Quanto à colocação de Djaló no lugar de Romagnoli, desvalorizou-a. "Não teve influência no resultado. Perdemos por outros factores, por aqueles atrás mencionados", repetiu.
Acerca das críticas vindas de alguns sectores do clube de Alvalade sobre o seu trabalho, encarou-as com naturalidade, nunca atirando a toalha ao chão. "Não me sinto fraglilizado. Há insatisfação da minha parte por ter perdido a liderança e os jogos ante dois adversários directos, Benfica e F. C. Porto. Mas há capacidade para reagir. A contestação dos adeptos, após um jogo, é normal. Como jogador já passei por isto. Tenho capacidade para aguentar. Faz parte do futebol", terminou.
Fonte: Jornal de Notícias