Jaime Pacheco, antigo internacional português de futebol e "carregador de piano" especializado, assumiu esta quinta-feira, aos 50 anos, o posto de treinador do Belenenses, sétimo clube de uma carreira de técnico iniciada há 16.
O título de campeão nacional com um Boavista "raçudo", à sua imagem como atleta, em 2000/01, foi a maior conquista de um percurso que já incluiu a internacionalização, numa breve incursão pela Liga espanhola, orientando o Maiorca, em 2003/04.
Pacheco estreou-se nas funções no final de carreira como jogador, acumulando o estatuto de capitão do Paços de Ferreira com o de responsável técnico da equipa primodivisionária mais próxima de Lordelo, de onde é natural, no ano de 1992.
Depois, seguiram-se experiências em escalões secundários com o Rio Ave e o União de Lamas, até voltar aos principais palcos no banco de suplentes do Vitória de Guimarães, emblema que voltaria a orientar num curto período, em 2005/06.
Durante oito temporadas, entre 1997 e 2005, o nome de Jaime Pacheco quase se confundiu com o emblema "axadrezado", sobretudo pela única conquista da Liga portuguesa e a chegada às meias-finais da Taça UEFA de 2003, eliminado pelos escoceses do Celtic de Glasgow, depois batidos pelo FC Porto na final de Sevilha.
Pacheco guiou ainda as "panteras" a dois segundos lugares no campeonato (1998/99 e 2001/02) antes da última experiência no Estádio do Bessa, nas duas últimas e turbulentas temporadas, que culminaram com a descida de divisão do Boavista devido ao processo "Apito Final".
Como jogador, Pacheco foi internacional 25 vezes, tendo estado presente nas fases finais do Mundial México1986 e do Europeu França1984, no qual Portugal foi eliminado nas meias-finais pelos anfitriões.
Como atleta, Pacheco representou por largos anos o FC Porto, comum interregno de duas temporadas ao serviço do Sporting (1985 e 1986), antes de regressar à Cidade Invicta a tempo de se integrar o plantel campeão europeu em 1987, depois de ter estado presente na final da Taça das Taças de 1984, perdida para a Juventus, em Basileia.
A seguir a nova incursão pelo Sul, com duas épocas a envergar a camisola do Vitória de Setúbal, Pacheco, já com 33 anos, representaria então o Paços de Ferreira, "pendurando" definitivamente as botas com a camisola do Sporting de Braga em 1993/94, já depois da estreia como técnico na Capital do Móvel.
O Belenenses, que perdeu três dos cinco jogos cumpridos no campeonato, ocupa a 14ª e antepenúltima posição, somando apenas dois pontos, resultante de dois empates, um na recepção ao Paços de Ferreira e outro na visita à Naval 1º de Maio.
Fonte: Jornal de Notícias