Yebda, Sidnei e Reyes são os reforços mais utilizados do Benfica e, aparentemente, os investimentos com mais hipótese de sucesso desportivo. Há um plano luso intermédio, a incógnita de Aimar e a decepção de Balboa.
O Benfica investiu mais de 22 milhões de euros em 10 aquisições para reforçar o plantel 2008/2009. Após sete jogos oficiais, há um índice de escolhas claro, sustentado no critério de utilização de Quique Flores.
Apesar das vicissitudes de natureza física, a tabela parece dividir-se em três níveis. Os reforços efectivos, uma linha de retorno intermédia, que abrange os atletas lusos, e uma última carruagem, bem aquém das expectativas e avaliada em 12,5 milhões de euros.
Yebda, Sidnei e Reyes enquadram-se no plano superior. O francês é a grande surpresa, não só pela impressionante capacidade física, que lhe permitiu impor-se no meio-campo, como pelo nível técnico, bem razoável para um atleta com a sua fisionomia.
A assistência para Cardozo, no golo frente ao F. C. Porto, comprova a vertente, num confronto que marcou a entrada de Sidnei.
A partir dessa fase, o brasileiro iniciou a espiral exibicional que convenceu rapidamente a massa adepta e fez esquecer David Luiz, além do ónus do estatuto de defesa mais caro da história do clube.
José António Reyes é, até ao momento, a maior figura da equipa e a única estrela a brilhar - Aimar e Suazo pouco jogaram.
O extremo inventou o caminho do triunfo frente a Sporting e Nápoles e afastou o cepticismo dos adeptos sobre o valor da equipa.
Carlos Martins, Jorge Ribeiro e Ruben Amorim surgem a um nível intermédio, plano semelhante ao da performance desportiva.
Num patamar inferior ao exigido, encontra-se o último quarteto, cujo investimento ronda os 12,5 milhões de euros.
Pablo Aimar foi a mais cara contratação do defeso e é, actualmente, a grande incógnita. O argentino contraiu duas lesões musculares - apenas 192 minutos - e, à excepção do passe para o golo de Reyes, no dérbi, passou despercebido. Constitui a principal dúvida da aposta de Rui Costa, num conjunto que necessita de um toque de classe no meio-campo.
David Suazo é um caso distinto e uma questão de tempo. Um jogo foi suficiente para entender que o hondurenho tem tudo para garantir o título de melhor jogador. Contudo, a duríssima entrada de Contini adiou o início do reinado da Pantera, que, em circunstância normal, encantará os sócios.
Balboa é a maior decepção. O preço (quatro milhões de euros) e a inexistência de um concorrente de peso na discussão por um lugar na ala direita - Di María, Ruben Amorim e Carlos Martins já foram opção - acentuam a crítica ao fraco desempenho.
Fonte: Jornal de Notícias