O Ministério Público de Gondomar pede que Pinto da Costa não seja mandado a julgamento por corrupção desportiva no âmbito do jogo Nacional-Benfica, da época 2003/04, investigado no âmbito do processo Apito Dourado.
No debate instrutório do processo, esta terça-feira, no Tribunal de Gondomar, defendeu, no entanto, que devem ser julgados os restantes arguidos no caso: Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, António Araújo, empresário de jogadores, e o árbitro Augusto Duarte.
O procurador Gonçalo Silva argumentou que, no caso do presidente do F. C. Porto, não existem indícios suficientes de corrupção desportiva activa. Designadamente porque, nas escutas, os “negócios” referidos por António Araújo podem, de facto, ser referentes a transferências de jogadores e não a supostas manobras de corrupção sobre o árbitro, com vista a prejudicar o Benfica – que naquele jogo acabou por perder por 3-2.
Por outro lado, os advogados dos suspeitos defenderam a não ida a julgamento de qualquer dos arguidos, considerando ridícula a ideia segundo a qual o árbitro Augusto Duarte teria aceite prejudicar o Benfica em troca de um bilhete para o jogo de futebol F. C. Porto-Manchester United, para a Liga dos Campeões, entregue por Araújo.
A decisão de Pedro Miguel Vieira, juiz de instrução criminal de Gondomar (que já tivera a instrução do processo principal do Apito Dourado) ficou marcada para a próxima terça-feira.
Fonte: Jornal de Notícias