Segurança. É o termo que sintetiza a lacuna que separa o Benfica da imagem de equipa desejada pelo treinador Quique Flores.
"Falta regularidade, melhor leitura de jogo, qualidade na selecção dos lances e confiança. Afinal, falta segurança à nossa equipa. Creio que tudo se resume a isso. E aí só se chega com muitas vitórias", destacou o espanhol, ontem, no Seixal, durante o lançamento do confronto frente à Naval, hoje (19 horas RTP1), na Luz .
Pragmático e confiante, o técnico assume que o objectivo das águias está traçado. "Tenho de estar à altura da história do Benfica. E isso significa ser ambicioso, ganhar muitos jogos, títulos e encontrar uma dinâmica vencedora. O problema é que não é fácil entrar numa dinâmica ganhadora e é ela que permite a regularidade de resultados. Isso leva tempo, algo que também não existe. Por isso, temos de nos adaptar às circunstâncias e enfrentar cada jogo com vontade de vencer. À medida que conseguirmos melhoraremos", referiu.
Além dos regressos de Yebda e Ruben Amorim, o treinador garantiu as recuperações de Aimar e David Luiz. Contudo, assume a responsabilidade de eleger o timing da reentrada.
O restabelecimento permite maior aproximação ao onze ideal. Porém, levanta a questão de um eventual excesso de soluções, principalmente no ataque - Cardozo, Aimar, Suazo, Nuno Gomes e Makukula para dois lugares.
"Uma equipa como a do Benfica deve possuir quatro a cinco avançados de grande qualidade e o caso é igual ao que vivi em Valência, com Kluivert, Villa, Mista, Aimar e Di Baio. A situação não assusta e só há que conseguir o máximo rendimento de todos", defendeu, recordando o profissionalismo dos atletas.
Por outro lado, elogiou a qualidade do adversário de hoje, principalmente o potencial da linha ofensiva. "Se repararmos nas características dos seus avançados, podemos dizer que a Naval quer espaço e que nos equivoquemos com a bola, numa lógica de atacar em velocidade", destacou.
O conjunto da Figueira da Foz cumpre o 100.º jogo na Liga. Ulisses Morais, técnico principal , recuperou a face da última jornada da competição, depois ter feito descansar a maioria dos titulares na Taça de Portugal, no último fim-de-semana. Jorge Batista, Paulão, Lazaroni, Hauw, Davide e Marinho voltam ao lote de convocados. "Não há missões impossíveis. Trabalhámos ao longo da semana a pensar no melhor resultado", assegurou o treinador que apelou à "superação" dos jogadores.
Fonte: Jornal de Notícias