Quatro mulheres foram apanhadas, no Porto, a pôr em prática uma técnica de furto cada vez mais comum nos shoppings portugueses: para escapar aos sistemas de alarme das lojas, recorriam a bolsas forradas com alumínio.
Não foi a primeira vez que o estratagema foi detectado por vigilantes do centro comercial Dolce Vita, no Porto. Ao início da noite de anteontem, pelas 19.30 horas, as quatro mulheres, que apontaram Sacavém como área de residência, levantaram fortes suspeitas e acabaram interceptadas por um segurança, quando saíam do hipermercado Continente, inserido no shopping.
Segundo o JN apurou, passaram a zona das caixas registadoras sem efectuar o pagamento de vários artigos (num valor total superior a 120 euros) que tinham colocado em duas bolsas cujo interior estava revestido com folhas de alumínio. As carteiras foram apreendidas e as mulheres, com idades entre os 21 e os 46 anos, foram levadas para a esquadra.
Consultados os ficheiros policiais e o sistema de informação de Schengen, verificou-se que nada havia pendente em relação às imigrantes, que acabaram por ser apenas identificadas.
As forças policiais têm registado, um pouco por todo o país, vários casos de furtos em superfícies comerciais com recurso a carteiras ou sacos à prova de alarme. Normalmente, os protagonistas são imigrantes oriundos de países de Leste, sobretudo da Roménia, que revelam alguma organização e movimentam-se, em grupos numerosos, por várias localidades do território nacional. Um estilo nómada que tem dificultado a investigação às autoridades.
Os estabelecimentos mais visados têm sido lojas de electrodomésticos, informática ou vestuário, muitas vezes instaladas em centros comerciais. Há situações em que os imigrantes são interceptados à saída das caixas registadoras, ainda na posse do material furtado, como computadores portáteis, máquinas fotográficas, telemóveis, câmaras de filmar e outros artigos do género, além de roupas de marca.
Fonte: Jornal de Notícias