José Mourinho está no centro de uma nova polémica em Itália, uma vez mais, consequência de algum destempero na relação com os jornalistas. O comportamento do treinador português mereceu críticas do presidente da Liga italiana, Antonio Matarrese, que pediu aos presidentes dos clubes mão firme sobre os treinadores.
O caso que espoletou a reacção de Matarrese sucedeu no “flash interview” após o jogo entre o Inter de Milão e a Udinese. José Mourinho não gostou das comparações com o antecessor, Roberto Mancini, e deixou os jornalistas a falar sozinhos. Antes de abandonar, visivelmente agasatado, o local, o técnico português envolveu-se numa curta discussão com os repórteres.
"Os treinadores devem comportar-se correctamente. Embora compreenda a raiva ou desilusão que um resultado negativo possa provocar, temos um contrato com algumas televisões e devemos ser correctos. As televisões pagam-nos, e uma parte desses pagamentos vai para os treinadores", recordou o presidente da LNP, em declarações citadas no desportivo “O Jogo”.
Antonio Matarrese espera, no futuro, um comportamento mais contido e para isso enviou "uma carta a todos os presidentes a pedir uma intervenção autoritária junto dos respectivos treinadores". O presidente da Liga italiana ainda elogiou Adriano Galliani, administrador-delegado do Milan, por ter advertido o treinador dos rossoneri, Carlo Ancelotti, depois de este ter criticado as arbitragens. "Foi corajoso ao repreendê-lo", frisou.
Tal como o português, também Walter Zenga, técnico do Catânia, recebeu uma chamada de atenção. O antigo guarda-redes da squadra azzurra não gostou das críticas feitas pela Imprensa, nem dos assobios dos adeptos, e respondeu torto. "Se 18 pontos em 11 jogos não chegam, posso ir-me embora", disse.
Fonte: Jornal de Notícias