O Sporting passou com nota positiva o teste de Vila do Conde, no fecho de uma semana de casos em Alvalade. Liedson marcou e fez a diferença. Derlei foi expulso, mas os leões também souberam sofrer.
Era grande a expectativa em Vila do Conde na recepção aos leões, pois, na cabeça dos vila-condenses, ainda estavam frescos os estragos provocados a benfiquistas e a portistas. Também do lado do Sporting, momentos depois de conhecido o desfecho do Naval-F. C. Porto, existia a motivação de conseguir um bom resultado, também para compensar os pontos perdidos na deslocação à Mata Real.
Muita expectativa, portanto, mas convém desde já realçar que o futebol praticado na primeira parte não esteve ao nível do cartaz anunciado. Faltou sal ao desafio, cujo único tempero era o tempo bastante frio. João Eusébio apresentou o onze aguardado, enquanto Paulo Bento, deixando Miguel Veloso e Yannnick no banco, apostou na surpresa Pedro Silva para defender o lado direito e preferiu Derlei a Postiga no ataque. Trocas pontuais, às quais há a juntar a entrada de Caneira, sem mexerem com os sistemas das equipas.
A diferença, cedo deu para ver, teria que ser feita nos pormenores. E quem melhor para o conseguir se não o felino Liedson, suportado pela restante estrutura sportinguista? Também um erro, de um lado ou do outro, seria decisivo. Foi da mistura destes dois factores que se fez o resultado.
Rio Ave e Sporting começaram por encaixar-se, ganhando, paulatinamente, maior ascendente o onze de Alvalade. Nessa fase, os vila-condenses esconderem-se no seu meio-campo.
Muito a custo, só próximo da meia hora as oportunidades foram surgindo, primeiro por Liedson e depois por Derlei, esta última negada pelo guarda-redes Paiva. Um lance de Miguel Lopes, o mais afoito jogador dos locais, colocou em apuros a baliza de Rui Patrício e, a partir daí, o encontro ganhou animação. É que, instantes volvidos, o Sporting marcou. Muita da culpa cabe a Bruno Mendes, a cometer um deslize em zona proibida, que Liedson, o Levezinho, "matou" com calma e classe.
Vistas as coisas, olhando ao jogo, atado como estava, quem marcasse primeiro conquistava larga vantagem. O mais difícil estava feito - abrir o marcador. A partir daí, havia que segurar. É certo que ainda houve mais 45 minutos para jogar, e que o Sporting terminou com dez atletas, por expulsão de Derlei, mas os leões tinham os trunfos na mão. Era imperioso guardar a vantagem, não estranhando, por isso, que Paulo Bento tivesse protegido, ainda mais, a equipa, com a substituição de Romagnoli por Miguel Veloso. O Rio Ave tentou espicaçar o encontro, porém, mesmo em inferioridade numérica, os leões conservaram o ascendente, ainda que os últimos minutos tivessem sido de sofrimento.
Fonte: Jornal de Notícias